quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

D. Duarte II, o Restaurador




O momento foi solene na Quinta do Espingardeiro, há 2 horas. Sua Alteza Real El-Rei D.Duarte II, novo rei de Portugal, recebeu os conjurados que hoje, sem derramamento de sangue, o restauraram na Coroa depois dos extraordinários eventos da manhã.
Assinalando-se como de costume a romagem do 1º de Dezembro, grupos monárquicos convocaram através do Facebook e SMS uma manifestação contra o regime no Terreiro do Paço em  protesto contra a degradação das instituições e do prestígio do país. Bloggers do 31 da Armada, João Braga, Paes do Amaral, Paulo Teixeira Pinto, entre outros, estavam entre os promotores e cedo se juntaram no local onde em 1908 o saudoso rei D.Carlos foi assassinado por cobardes carbonários.
Habitualmente discreta e pouco participativa, desta vez muita juventude marcou presença, descontente com o estado das coisas, afinal os melhores anos de glória nacional foram sob a égide de reis e em novecentos anos, oitocentos foram em monarquia.
Rápido alguns milhares acorreram em apoio. O fadista João Braga, usando da palavra , incitou contra os corruptos e vendilhões da Pátria, momento em que um grupo mais determinado apelou a que se restaurasse a monarquia no país. Inflamados e fugindo ao controlo dos poucos policias destacados, acompanhados por uma equipa da CMTV marcharam até à fragata Corte-Real, ancorada em Alcântara, onde em dia de folga só o oficial de dia e alguns marinheiros permaneciam. Invadindo a mesmo e aprisionado o pobre tenente de serviço, fuzileiros veteranos à paisana apoderaram-se do navio e do paiol, para gáudio da populaça, com nacionalistas e skinheads à mistura, bem como alguns patriotas vindos duma noite nas docas, conduzindo o amotinado vaso de guerra para Belém, onde, via rádio e já frente ao palácio presidencial, contactaram o Estado Maior da Armada. Mal este imaginava que vinha aí um 31…
Enquanto grupos civis cortavam os acessos a Belém e S. Bento e as saídas dos cacilheiros e metro, os do Corte- Real ameaçaram com fogo sobre o Palácio e exigiram a rendição do Presidente da República. Este encontrava-se em Cascais, tirando selfies com turistas polacos. O Chefe da Casa Militar tentou parlamentar com os revoltosos, enquanto o presidente foi evacuado para a Base Aérea nº1, em Sintra.

Entretanto, Paes do Amaral, conde Cantanhede ia-se desdobrando em contactos com a comunicação social, captando apoios e tempos de antena, a CNN , alertada,  destacou um correspondente para o terreno, que logo fez um directo com comentários de Nuno Rogeiro. D. Duarte, que se encontrava tranquilamente a beber um café na Natália, em S. Pedro, e que ainda de manhã estivera com o Presidente Marcelo nos Restauradores, ia sendo informado do curso dos acontecimentos por telemóvel.
Informado pelo telefone, António Costa ameaçou com a força militar e com o envio de João Galamba. A Armada ainda tentou accionar o novo submarino, o Tridente, mas este tinha o pessoal em formação e nunca fizera tiro real. Os Comandos, surpreendidos, não tinham operacionais ou artilharia,  eestavam todos sob processo disciplinar
Pelas quatro horas, os conjurados com o apoio de forças civis invadiram o  Palácio de Belém, apeando a foto de Marcelo e içando a bandeira azul e branca. Uma proclamação ao país circula desde essa hora no Twitter e no Facebook. Mais bandeiras azuis e brancas se multiplicam agora nas ruas da Baixa e no mastro do Castelo de S. Jorge, segundo o Facebook em directo.
Às cinco horas, sem tropas ou apoios, e sem derramamento de sangue, caiu a III República, implantada a 25 de Abril de 1974.As redes sociais estão entupidas e os telemóveis saturados, e o Hino da Carta é o vídeo mais visto no You Tube, destronando Beyoncé.
Por essa hora, D. Duarte recebeu em Sintra uma delegação de conjurados que em exaltação patriótica o proclamaram legítimo herdeiro do trono, gritando real por el-rei de Portugal. Ainda atónito, e rodeado de Isabel Herédia e dos filhos, aceitou o pesado fardo que o povo português lhe pedia, e em cortejo triunfal partiu para a Ajuda num UMM blindado, escoltado por motards e campinos a cavalo, a lembrar a final do Euro 2004. O bisavô, D. Miguel, derrotado em Évora Monte exulta por certo, lá onde esteja.
Na sala do trono no Palácio da Ajuda logo as forças armadas prestaram lealdade ao novo monarca, enquanto as chancelarias europeias mandaram felicitações, quase todas monarquias por sinal, os primos da Holanda, Filipe da Bélgica, tudo família.

Dirigindo-se da janela ao povo eufórico que aos milhares ali se juntou e envergando o manto branco que pertencera a D. Carlos, o novo rei prometeu democracia e pluralismo, respeito pela tradição e julgamentos isentos para os derrotados. Será um monarca constitucional e moderno, asseverou. Frente à multidão inflamada, uma banda no final tocou o Hino da Carta. Os Braganças estão de volta!
Ainda esta noite, as primeiras medidas: a extinção da Guarda Nacional Republicana, que dias antes conduzira Filipe VI, será substituída pela Guarda Real, a convocação de Cortes e a nomeação dum novo governo, chefiado por Ribeiro e Castro. A aclamação oficial de D.Duarte II ocorrerá na Sé, daqui a um mês, perante o clero, a nobreza, e os parceiros sociais.
Ainda esta noite, segundo a CMTV, o deposto presidente Marcelo partirá para o exílio, em Celorico, aí ficando com residência fixa. O ex-primeiro ministro da Geringonça, António Costa foi há momentos conduzido ao Aljube, onde apenas lhe deram um pijama e duas chamuças. Nas ruas, o povo exulta ainda, a esta hora, grupos de forcados de Salvaterra e ganadeiros de Alter acorrem a celebrar o novo rei, agora reinstalado. Uma corrida à antiga portuguesa celebrará com pompa a entronização, a velha nobreza e os marialvas estão enfim vingados.
Refreadas as emoções deste dia histórico, há que retomar a administração da coisa pública. No próximo Conselho de Ministros das Finanças da UE em Bruxelas, o novo ministro, agora rebaptizado da Fazenda, o marquês da Amareleja, irá escutar o plano do comissário Dombrovskis para a economia portuguesa: liberalizar os despedimentos, tirar mais 3% suplementar aos vencimentos, privatizar toda a segurança social. Monarquia ou república,   está ali para resolver problemas e não para reinar, terá dito já num e-mail…

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